Presidente da Conferência Geral diz que voto sobre a ordenação não altera procedimentos atuais

O Presidente da Conferência Geral, Ted N. C. Wilson, afirmou na sexta-feira passada que o voto sobre a questão da ordenação das mulheres significa que “vamos manter a política vigente”.

Wilson explicou aos delegados presentes na Sessão da Conferência Geral em San Antonio, no Texas, que a votação de quarta-feira impedia unicamente que as divisões da Igreja mundial tomassem decisões a respeito da ordenação das mulheres.

Alegou que o voto nada tem que ver com o facto de as mulheres serem ordenadas como anciãs locais, uma prática assente nos regulamentos da igreja que têm estado em vigor durante várias décadas.

Salientou ainda que o voto não se refere aos ministros comissionados, que poderão ser do género masculino ou feminino segundo os regulamentos da Igreja.

“Portanto, sejamos claros a respeito do que foi votado na quarta-feira”, sublinhou Wilson. “Nós não retrocedemos na nossa compreensão inicial, e exorto veementemente a seguirem o que foi votado. Não acrescentem ao voto outras alíneas que não estavam mencionadas no mesmo. Precisamos de ser justos, precisamos de ser claros, e todos necessitamos de aceitar o que é decidido por votação numa sessão da Conferência Geral.”

Wilson solicitou aos presidentes das divisões que clarificassem o objetivo do voto de quarta-feira nos seus territórios. Logo após o discurso de Wilson, o presidente da Divisão Norte-Americana (NAD), Daniel R. Jackson, emitiu um comunicado, dizendo que esta divisão “respeitaria o voto da Igreja mundial”.

Jackson referiu que a referida divisão reconhece que “o voto proibiu as 13 divisões mundiais da Igreja ou qualquer uma das suas entidades de tomarem as suas próprias decisões relativamente à ponderação ou possível implementação da ordenação das mulheres no ministério do Evangelho.”

Acrescentou, porém, que a moção não proíbe as mulheres de servirem como pastoras comissionadas, de exercerem os cargos de anciãs e de diaconisas ordenadas, nas suas igrejas locais.

“Uma vez que a moção não proibiu estes aspetos, nós vamos, portanto, continuar a incentivar aquelas que têm vindo a exercer o seu ministério nestas competências a dar seguimento às mesmas”, salientou Jackson.

Disse ainda que “é essencial compreender que a NAD vai continuar a seguir as orientações contempladas no “Working Policy” da Conferência Geral, possibilitando que as associações e uniões autorizem as mulheres a serem ministros comissionados no ministério pastoral. Vamos igualmente continuar a fomentar os serviços locais de anciãs e diaconisas ordenadas.”

Wilson afirmou igualmente na sexta-feira que pediu às divisões que tratassem das situações específicas que surgem nos seus territórios. Não entrando em detalhes, disse apenas que a administração da Conferência Geral espera que os assuntos se desenrolem de forma tranquila e que as divisões possam ajudar nestas questões.

“Por favor, não imaginem coisas que, na minha opinião e compreensão, não estão lá”, sublinhou Wilson.

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